terça-feira, 22 de junho de 2010

Juca Kfouri, Kaká e a venda de porta-dólares em formato de bíblia!


O clima anda quente entre o jogador Kaká e o comentarista esportivo Juca Kfouri.


Também, não é para menos. O garoto propaganda da Igreja Renascer fica insistindo em vender Jesus Cristo como se fosse sabonete ou barbeador descartável, e isto para Juca Kfouri é o fim da picada. Quer saber? o Juca tá certo.

Kaká é uma figura pública por que joga bem futebol, e ponto. Tudo o mais é decorrência desta sua habilidade, e talento,  mas nada intelectual diga-se de passagem. É um ídolo da massa por causa de seu futebol.

O Kaká não é figura pública por demonstrar ser uma pessoa de fé,  que casou virgem, que é fiel à Igreja Renascer e doou-lhe seu premio de melhor jogador do mundo. Não é famoso pelo apoio aos  fundadores da Igreja, o Apostolo Estevam e a Bispa Sonia, quando eles foram presos com US$ 10.000,00 escondidos na Bíblia.  Isto tudo é maquilagem e travestismo de bom mocismo, o produto que a gente acaba consumindo obrigatoriamente, só para ter o jogador e o seu jogo.

http://e.i.uol.com.br/futebol/080925kaka01.jpg

Cuidado. Venda casada é crime contra a economia popular. E neste caso, o trouxa do torcedor, nós aqui, além de sermos obrigados aguentar  propaganda  de cerveja, chuteiras, material esportivo, Empório Armani, somos bombardeados  com propaganda religiosa, sugestão de estilo de vida pessoal, e outros bagulhos, como porta dólares em formato de Bíblia, desabamento do templo e 5 óbitos,  tudo num mesmo kit. (qui ti pariu).

Vocês sabem muito bem da má fama de alguns jogadores, tais como: Romário, Edmundo e, mais recentemente, Vagner Love e Adriano, que chegaram a ser investigados pela polícia e, até alguns, condenados judicialmente, por suas estripulias. Todos cometeram bobagens por que não sabiam lidar com a fama e o dinheiro rápidos. Sempre foram pobres e sua formação pessoal  não comportou se transformarem em celebridades de uma hora para outra. Precisaram de alguns ajustezinhos.


Já Kaká é diferente. O menino branquinho, classe média, melhor formado que os coleguinhas de chuteira, surge aí como o jogador de futebol talentoso, e de bom caráter, boa índole e temente a Deus. E, agora, reclama que está sendo perseguido por um ateu, Juca Kfouri, que o critica pelo merchandizing religioso.

 Outro dia ouvi uma professora de Educação Física de Alphaville dizer que a diferença entre Kaká e os outros jogadores é que o primeiro teve berço e os demais  não tiveram. Desculpem, mas esta é uma visão moralista e classista.... quase que racista.

Por trás desta orquestração está a prática de misturar religião, e olha o tipo de religião, com o futebol, expressão cultural das mais valiosas do Brasil. É o mesmo que querer lançar escola de samba ghospel, com  cabrochas de cabelos  e vestidos longos, e  mestres sala com terno da linha Garbo/Colombo, um número acima do modelo. Ao invés do estandarte da  escola, vai a Bíblia.

Daqui há pouco, se deixarmos,  vamos ter um estado religioso, como no Irã. Vão acabar com a nossa cultura, com a mesma desculpa de Kaká: aceitou Jesus Cristo em seu coração. Os povos indígenas brasileiros, desde os tempos dos padres da Cia. de Jesus, s.j., sabem o que é perder sua cultura em nome da santa evangelização.

Todos têm direito à liberdade religiosa. Isto é garantia constitucional. Todos tem direito a ter fé, fé demais, fé de menos. Fé de qualquer maneira. Fé de tudo quanto é jeito.

Mas, não dá para aguentar a celebridade futebolística querer vender, goela adentro e abaixo, as suas convicções religiosas, e misturar jogo com fé. Ele passa a ser um embaixador da evangelização no futebol, para as massas. É estelionato com a boa fé do torcedor, que vai ao estádio de futebol para ver uma partida, e sai de lá com uma mensagem religiosa que não procurou. Se levarmos em conta que a base institucional da tal religiosidade é questionável, haja vista  que ainda hoje culpam o diabo pelos processos movidos pelo Ministério Público de São Paulo contra a Renascer e contra os seus fundadores,  e  pela ação movida pela Justiça Norte Americana contra o flagrante dos dólares na Bíblia, o quadro se agrava e a credibilidade cai a zero.

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Kaká foi expulso no último jogo do Brasil contra a República do Marfim, 20.06.2010, por que deu uma cotovelada deliberada e intencional no jogador adversário, vítima aliás que não o viu em seu caminho.  Lembrou-me da cotovelada de Leonardo, na Copa de  1994, contra os Estados Unidos, que manchou sua biografia.

Jesus, no coração de Kaká, aprova  isto? Nada como um dia após o outro.

acesso a matéria do blog do Juca

2 comentários:

Unknown disse...

é isso ai. o Kaka é culpado sim, por querer vender uma coisa tão terrivel como a FÉ. Só não se esqueçam que as grandes redes de TV, as globais e outras mais, entram todos os dias nas casas das pessoas através da mensagem de sua fé que é:traição, homossexualismo, sem falar em explicitas cenas sensuais, e de espiritismo, candomblé e outras porcariadas.. ai pode? ai tem valor? hj é vendido a imagem d q vc sair e transar com a melhor amiga de sua esposa é o certo? insentivar o filho a ser GAY? com certeza estou com kaka e não abro, pois "jornalistas" como kfouri querem fazer de tudo pra acabar com a moral e a familia. Bombaredeiam a igreja renascer por causa do desabamento do teto e do escandalo dos doalres nos EUA. Porque não falam do KAKA? ué vcs naum tem o que falar dele? AH é agora tem: o cotovelasso que vcs afirmam que ele deu no jogador da Costa do Marfim né?! me respondam uma coisa: se foi intencional, porque ele não foi punido pela FIFA? se ele tivesse feito algo grave, intencional teria levado mais do que só um jogo de suspenção, mas ao contrario, recebeu apenas a suspensão automatica por ter recebido 2 cartões amarelos... vcs querem provar a teria sem argumentos, sinto muito.... me indiga naber que alguns de voces tem credencial de jornalista...

Eduardo Piza disse...

Meu caro Fabio Wink, obrigado pela sua mensagem.
Eu não tenho credencial de jornalista, sou advogado, homossexual, casado com um companheiro ha 21 anos, defensor dos direitos humanos e advogo o fim da isenção tributária para igrejas que praticam a discriminação contra homossexuais, que é uma forma de violação de direitos humanos.
Pelas suas palavras acima você não aceita homossexuais. Não tem problema, eu também não aceito evangélico que discrimina e comete o pecado da homofobia. Estamos quites, com a vantagem, para mim, de que assumo os meus próprios atos e valores, sem ter que usar a imagem e o nome de Deus, o que ofende o segundo mandamento.